segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sobre ser..

Artista: Negahamburguer
Ela toca seu corpo e sente todas as partes arredondadas, percebe que é assim que gosta, desse excesso de beleza que vê, das partes preenchidas, tocáveis.
As que tem pêlos, por escolha, para registrar suas raízes, a naturalidade do seu corpo, aquele corpo nunca amado na infância e na adolescência, que foi tão maltratado e rejeitado.
Ela se ama na frente do espelho, no chuveiro, quando se troca e se toca, ela ama o que vê e suas imperfeições.

Sobre a descoberta de ser MULHER quase aos 30.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Saiba.

Você poderia saber que o amor é duplo, que a paixão veio fervorosamente, que só quero tê-la por perto, pra não dizer nada, apenas te olhar e você saber que o amor é possível, é possível que nos amemos sem palavras e nos toquemos sem as mãos, é possível que haja respeito, sem desrespeito e nem abuso, é possível amar sem perseguir, sem mensagens diárias de afeto, porque elas já estão registradas na mente, mesmo que distante.
Você poderia saber que não quero exclusividade, quero pegar nas mãos, quando elas almejarem o toque, navegar pelo seu corpo, quando ele estiver livre para o (a)mar.
Você poderia saber que amar duas pessoas é possível e é rejuvenescedor, dormir pensando em duas almas, que se encontram na calada da noite, assim a três, é mágico. É intenso, é prazeroso, é amor, desses verdadeiros, que rasgam nossa alma, que pula diariamente de felicidade.
Você poderia saber de tudo isso, porque não saberei contar, nem traduzir o que sinto quando encontro seus olhos, quando cheiro seu cabelo no abraço, quando encosto propositalmente no seu braço, pra sentir sua temperatura. Eu vou enrolar, trocar as letras, seus significados e dizer apenas que o carinho é grande. E no fim, tudo vai ficar superficial, pequeno e simples, mas é um simples de quem não sabe falar de paixão, de amor, apenas de sentir, mas sentir tão fortemente que sente medo das palavras, eu sinto medo delas, sinto medo de quebrar as paredes que me protegem, sinto medo de mostrar quem eu realmente sou e quebrar a cara mais uma vez, porque as caras quebradas contam mais do que os amores sinceros. Você poderia saber, porque eu não saberei falar...

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Deixa ser...

Nos olhos castanhos.
Nas raízes lisas e crespas
O preto no vermelho...
Os dedos multicores que se acariciam.
Nas línguas...
Nas pernas...
Um nariz que encosta no lábio, que se enrosca no queixo..
No desejo que se agarra na paixão
O vermelho no preto...
No arrepio das pernas
O beijo dado em pensamento
A maciez da madrugada distante
O branco no vermelho
O arco-íris no cinza
O feminino celebrado
Onde não há ponto final
Porque não há regras.

Maná.

Dois mais um corpos numa só cama, cheiros, mãos, pêlos
Uma bebida mais duas, num único copo
Dois, três, quatro, cinco, infinitos sonhos de uma só vez
Até parecia um sonho, daqueles que se acorda encharcada
Mas a respiração e os anseios corpóreos eram reais
Não se dominava, não se gemia falsamente, não abandonava o outro em nenhum momento
Não fingia estar gostando, naquela hora era impossível fazê-lo
O corpo estremecia só de ouvir suspiros e gemidos alheios
A pele arrepiava, a explosão do prazer se dava no outro, no âmago do seu toque
Na fala doce ao pé do ouvido, no olhar sob a luz escura do cômodo
Nos órgãos endurecidos e suplicantes, cheios de vida
Pelo outro órgão, também endurecido e pelo terceiro órgão, igualmente aos outros
Pela mente não passava nada, era tudo calmo
Não se sabia a hora, o dia, a localidade
Mas haviam almas entregues, se não existia fé, nesse dia ela nasceu
No corpo do outro, no suór do próximo, no corpo nu, próximo à cabeceira
E embora não dissessem, imploravam pelo terceiro corpo
Três, quatro, cinco berros, sussurros, gritos e suspiros
Silêncio, o ápice, o vento bateu forte nos rostos e, como num filme
Se olharam, as pernas trêmulas, o peito aberto, a boca seca
E o amor se deu, sem qualquer palavra
Se deu, se comeu, se perdeu e adormeceu.


terça-feira, 20 de maio de 2014

Amor ao cubo!

Meu coração, não sei porque, bate feliz quando lhes vê
E os meus olhos ficam divididos, e pelas ruas diferentes vão lhes seguindo
Mas mesmo assim, não sabem de mim
Ah, se vocês soubessem como eu sou tão carinhosa e muito, muito que lhes quero
E como é sincero o meu amor, mas vocês não aceitariam ser assim.
Mas vem, vem, vem, vem, vem.... Vem sentir o calor, dos lábios meus a procura das duas, vem matar essa paixão que me duplica o coração.

E com vocês então, serei feliz, bem feliz!

*Parodiando a música "Carinhoso"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Junções nostálgicas



Outros lugares, como se fosse minha casa

Elas rondam, circulam, voam, sonham...
Meus olhos, meu sorriso, meus lábios
Junho, meu mês preferido

A vida é recheada de amores prósperos

Liberte-se das aflições cotidianas
Refúgio, aqui
Minha alma ri, com o amor que vivi!
Saudade amarga, dói, escapa