
Ela ergueu os braços, não mais ouviu os que falavam da vida, saiu no mundo, foi se visitar, algo que nunca mais havia feito. Olhou a estrada, sorriu-lhe...
Os seres não faziam sentido, os sinais, as regras, ela abandonou! Apenas se obedeceu.
Foi aí que sentiu a brisa da liberdade, que ainda não existe, ela apenas a imaginava.
Não deu atenção a seus entes queridos, abriu mão dos amigos, ditadores de leis, assumiu seus pecados e fez sexo em praça pública, esqueceu as angústias e perdeu sua caneta.
Sua essência era outra, suas idéias arbitrárias, suas histórias horrorizavam a vizinhança. Criou um novo mundo, até parecia ter sentido estar aqui.
Então ela acorda, se debruça sobre a cama, chora... Lamenta a realidade!
Foto e Texto: Mari Moura